COPIC Colorless Blender

Comecei a testar o colorless blender. E não é nada do que eu pensava.

  •  não é fácil misturar cores com ela;
  • não dá para apagar perfeitamente erros com ela.

Então, o que ela faz?

  • ela funciona como uma borracha leve, diminuindo a cor no lugar em que você passar o colorless blender.
  • ou, se “pintar” com a blender e depois passar a cor, torna a coloração mais homogênea

IMPORTANTE: o efeito fica mais evidente quando ela secar!

Vamos aos exemplos.

Primeiro, mostrando que, quanto mais vezes você passa a colorless blender (copic 0), mais claro fica. Lembrando novamente que não vai ficar branco. Os números embaixo indicam quantas vezes foi passada a copic 0:

Screen Shot 2014-10-24 at 12.45.12 PM

1 – passei uma vez a copic 0. É difícil de saber onde é o traço; 2 – o traço com a copic 0 fica nítido; 5 – já é bem evidente a diferença entre onde tem e onde não tem copic 0; 6 – a minha impressão é que o contraste não passa muito disso, ou seja, não adianta passa 50 vezes a copic 0. Tem um limite do quanto é possível clarear com ela.

Sendo assim, penso que um dos usos mais divertidos da copic 0 é fazer desenhos ou manchas em lugares já pintados. Algo simples é esse O abaixo; feito com o O em uma única passagem da copic 0 lado marcador, depois passando várias vezes o lado pincel na lateral esquerda do traço:

Screen Shot 2014-10-24 at 12.49.41 PM

Apagando com a copic 0. Pintei mais um dos SDs, e fiz um traço a mais no caranguejo que tentarei “apagar”. O movimento deve ser sempre no sentido de fora para dentro:

Screen Shot 2014-10-24 at 4.03.25 PM   Screen Shot 2014-10-24 at 4.04.44 PM

Perceba que não fica branco. Passei muitas vezes, mas muitas vezes mesmo a colorless blender e esse foi o máximo que apagou.

Agora, tentar usar a color 0 como blend, ou seja, para diminuir o contraste entre duas cores, suavizando o efeito de degradê. Para isso, “pintei” dentro do círculo com a copic 0 e depois passei duas cores de verde para fazer o teste:

Screen Shot 2014-10-24 at 4.10.41 PM  

Talvez tenha que utilizar o papel especial da copic? Não vi diferença nenhuma…

Agora, um efeito divertido que eu estava louca para testar. Nadadeiras possuem uma coloração bastante inusual. Para tentar imitar o efeito, resolvi fazer traços coloridos na horizontal e passar a copic 0 na vertical:

Screen Shot 2014-10-24 at 4.07.21 PM   Screen Shot 2014-10-24 at 4.07.42 PM

Gostei bastante do resultado, certamente vou usar no futuro!

E assim terminou meu pequeno estudo sobre a colorless blend da copic. Até a próxima!

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O rabo dela ficou todo borrado e digo o porquê: primeiro usei a copic 0 para apagar um borradinho fora do rabo. Estava OK. Depois resolvi usar a copic 0 para deixar mais claro dentro do rabo. Ou seja, use a colorless blend com moderação!

Capa em giz pastel – fim?

Olá!

Muito, mas muito tempo que não coloco algo no blog feito por mim. Ando preguiçosíssima!

Hoje resolvi terminar de pontar o desenho para a primeira capa do Aquilo que o Oceano traz. Digo “resolvi terminar” porque é bem isso, uma hora a gente cansa e decide que é hora de deixar de lado um projeto para passar para o próximo. Segue a versão pequenina do desenho, sem alterações digitais:

A maior parte do desenho foi pintada em giz pastel, com os detalhes da saia da Ellie feitos com caneta Bic (um desastre, mas não tenho nem ideia de como dar o efeito de tecido xadrez!), com alguns esporádicos usos de lápis aquarelável.

Minha intenção era chamar atenção para o Mizutani e para o farol onde está a Ellie, então fiz o fundo sem distinções entre onde começam as rochas, o mar ou o céu. O fundo é apenas um borrão de cores.

Os olhos dele são exatamente da cor do mar e as sombras no cabelo dele são azuladas, sempre remetendo o personagem ao oceano. Ela, sobre o farol, dá a impressão de isolamento, mas não queria dar uma sensação de fragilidade, mas mais de devaneio e solidão. Ele tende a olhar para ela, ela para o oceano.

Usei cinza para reforçar os lugares que deverias ser brancos (partes do farol e camisa do Mizutani) e deixei realmente sem colorir apenas as meias a blusa da Ellie; assim, ela chama um pouco mais de atenção no topo do farol. O mesmo acontece com o brilho dos olhos do Mizutani; como o que deveria ser branco está em cinza, os olhos deles pareceram ainda mais brilhantes.

Agora preciso falar um coisa: giz pastel é um saco!!!! Sério. Como eu demorei muito para pintar o desenho, as partes que pintei primeiro foram perdendo a cor com o tempo (juro!) e com o atrito da minha mão enquanto pintava o resto. Como o giz é um bloquinho, não existe precisão, então usei muito um palito de churrasco com algodão na ponta para pintar os cantinhos.

O cabelo do Mizutani também deu um trabalhão para não ficar tão legal assim. Usei o giz preto para a maior parte, depois apaguei onde eu queria as luzes, usei também a borracha para reforçar os contornos das mechas (percebam que as mechas possuem um tracinho branco – foi feito com borracha de ponta fininha), borrei de azul para dar um efeito diferente no brilho do cabelo, reforcei o preto nas pontas com lápis aquarelável.

O que eu não tinha a menor noção de como faria e achei que ficaria um lixo foi o mais fácil de fazer, com um dos efeitos que eu mais gostei: o vidro do farol! Só borrei com o cotonete que eu usara para fazer o céu no canto superior esquerdo de cada folha de vidro e cha-ran! o vidro foi pintado. Vai entender…

Se quiser o resultado final da capa e começar a ler o Aquilo que o Oceano traz, é só selecionar os links ao lado.

Gente, é isso. Beijos e boa noite!

OBS: como essa folha foi impressa, os contornos estão todos apagados e aquele preto bonito do nanquim se perdeu  😦